quinta-feira, 14 de julho de 2011

O caracol


transcrito de 22.05.2002


Ontem pisei um caracol que deslizava na chuva do passeio. Segundo a filosofia existencialista eu cometi um acto de assassinato e deverei responder na minha consciência por isso, porque ela defende que somos responsáveis por todos os nossos actos - voluntários ou não -, o que é consequência da liberdade com que nascemos.
Não sei se sou existencialista ou não, mas que é certo é que, se o ar fosse constituído por substâncias espelhantes, poderia reflectir a expressão de remorso que o meu semblante deixava transparecer.



Sem comentários:

Enviar um comentário